sexta-feira, 7 de março de 2008

El Boca (quinta feira)

(texto originalmente redigido por Raphael Vaz)

Quinta-feira - 06 de Marzo de 2008
Acordamos razoavelmente cedo para poder andar bastante por BA, aí tomar banho, pedir o café da manhã. Quem traz o café é uma señorita que de leve se parece com a Chiquinha do Chaves, mas por um leve problema de sono achei que ela era até que aproveitável.
Logo começou a jornada. Ir até a Boca comprar ingresso para a partida da segunda fase da libertadores: Boca Juniors x Atlas-Mx. Pegamos um táxi, com um taxista não muito simpático, e descemos em frente ao memorial do Boca, que na verdade não chegamos a andar muito, mas parece ser bem legal. La Bombonera impressionou-nos por fora, nos deixando a idéia de como seria assistir ao jogo. Procuramos por la boleteria e encontramos duas meninas americanas, passando por cambista, e nos ofereceram ingressos. A desculpa é que não poderiam assistir o jogo e que venderiam mais barato do que compraram. Disseram-me que teriam pago 70 pesos e que poderiam nos vender por 50, mas após fechar o negócio percebemos que o preço real do tiket era de 25 pesos. Maldito americano capitalista.
Ingressos na mão, fome e vontade de comer a Parrilla Argentina. Tomamos o segundo táxi para Pallermo Soho ou Pallermo Oeste, que na verdade significa cruzar a cidade de uma ponta na outra. Este taxista foi muito legal, passou por tudo que tinha no caminho, nos falando o que eram: Ministérios, consulados, universidades, lugar onde ficam os travestis (tá, bicha, mas acho que ele queria só nos avisar dos perigos) e ainda escolheu para nós onde comeríamos. Muito boa a comida. Um pouco sem tempero, mas acabamos gostando.
Voltamos para o hotel, cochilada básica de 1 hora e todos prontos para o jogo. Tomamos um táxi na 9 de julho e fomos para La Boca com mais um taxista falastrão. Nos falou tudo sobre locais turísticos na Argentina, restaurantes em Buenos Aires, praias brasileiras, sobre quando morou na Itália por 1 ano, futebol brasileiro e uma discussão básica sobre teoria dos jogos e equilíbrio de mercado em concorrência perfeita e ainda um pouco sobre a dialética de Sócrates. Tudo isso em apenas 25 minutos. Fiquei até tonto.
Chegamos na Bombonera, faltando 30 minutos para o jogo e para a nossa surpresa a desorganização para a entrada é muito maior do que no Brasil. A mesma fila de entrada é a fila para comprar ingressos. Muita gente, muito empurra-empurra e quase tive três constelas perfuradas quando me amassaram na grade. Achei que aquilo não poderia ser uma boa noite.
Quando entramos no estádio, nosso lugar era no segundo pavimento e descobrimos que o único lugar que poderíamos ficar não dava para ver a grande área do outro lado do campo. Ficamos meio desanimados. Mas logo nossa idéia começou a mudar. A torcida do Boca é realmente fantástica. Vibra e canta o tempo todo e nunca xinga ou reclama do jogo. O primeiro tempo acabou 1 x 0, mas não sabemos quem fez o gol, hehe porque não deu para ver. No segundo tempo a torcida se inflamou e aquilo realmente foi muito lindo. Já tinhamos um lugar para ver o campo todo e ficamos bem acima da bateria da torcida. Aprendemos cantos, gritos e, por 45 minutos, ninguém poderia falar que não eramos boquenses. No segunda tempo, agora podendo ver, o Boca fez mais 2: Palacio e Pallermo. Acho que depois disso, deixei de ser Corinthiano e só torcerei pelo Boca, como diz um dos gritos: Boca es mi vida y te sigo a todo los lugares (ou qualquer coisa assim).
Saímos de lá e fomos para o Puerto Madero. Muito bonito e bem agitado. Mas como já era bem tarde, resolvemos comprar umas latas de cerveza e voltar para o hotel. Dia incrível. Nunca mais esqueceremos.
E daledaledaledale Boca daledaledaledaleoooooooo....

Strangers in a Stranger Land (quarta feira)

Acordar em Buenos Aires é acordar em São Paulo: barulho de busina, e garoa. Olhei pela janela e vi uma série infindável de taxis. Acho que BA tem um taxi para cada habitante. Nosso caro Brecio ligou para a recepção e pediu o Desayuno. Até que nos surpreendeu: um queijo tipo Philadelfia, torradas fininhas e o croissant do metal. Ja comidos, resolvemos desbravar o novo mundo. Nosso destino foi o centro mesmo. É um lugar parecido com o centro de SP e RJ, cheio de gente, pedintes, carinhas dando papéis e todo tipo de badulaques pra se comprar. Uma tiazinha muito engraçada encarnou no Du, pedindo dinheiro pra ele toda vez que o via, e disse que aceitava até reais. Entramos em todas as lojas de esportes que vimos. Estava com minha camisa do Corinthians, e a primeira coisa que um atendente de uma loja falou quando me viu foi: Segunda ! =/O Brecio estava procurando uma camisa de Rugby dos Pumas, time aqui da Argenitina. Eu encontrei a camisa oficial da Argentina, modelo 2007 por 69 pesos, mas ainda não comprei.Cara, dizem que São Paulo é o antro da prostituição, mas BA nao fica muito longe nao. Varias baranguetes distribuindo flyers de casas de sacanagem. Alias, em um dado momento, uma esquisitinha quis arrastar o Brecio para uma galeria bizarra, achando que ele era algum europeu louco para experimentar os prazeres portenhos.Entramos em uma galeria que parecia a Santa Ifigenia. Os preços praticados pra coisas de informatica aqui nao fica muito longe do Brasil.Entramos no Shop Pacifico, onde utilizamos a internet e almoçamos no Burger King. Depois de muito perambular voltamos ao hotel. O Vaz chegou e depois de batermos um papo pegamos um taxi e fomos para o bairro da Recolleta. Um belo lugar, com diversos bares e restaurantes, tudo em frente a um muito belo cemitério. Depois de uma volta no lugar, paramos em um bar de Sushi e tomamos algumas cervejas (mas nao comemos nada). Divertido conversar com os Argentinos. Uma garotinha de 10 anos insistiu conosco até que nos vendeu uma rosa. Aprendemos algumas palavras com ela. Andamos pela praça e fomos ao McDonalds. O Brecio e o Vaz foram primeiro enquanto fiquei la fora com o Du. Cena comica protagonizada: um senhor pedinte veio ter conosco e nos pediu algum dinheiro para completar a passagem pra algum lugar (ou coisa assim). Dissemos que nao tinhamos e quando ele percebeu que eramos de fora perguntou: Brasileños? E ao confirmarmos fez uma cara feia e saiu de perto de nós. Deu alguns passos, virou-se e disse que brasileiros nao tinham dinheiro e só sabiam roubar (fez um gesto de puxar a saco que tinha em maos representando o roubo). Porra, quem foi que veio pedir dinheiro ? Foi a primeira manifestação de preconceito que vi, pois o resto do povo tem sido muito acolhedor. No Mc mais uma situação comica. A moça que vende sorvetes disse que ao Vaz que esperasse um pouco para preparar seu Sundae porque não tinha mais Cabacitos. Huahuahuah. Cabacitos são os copinhos onde põe-se o sunday. É óbvio que rimos muito e ficávamos toda hora perguntando se realmente ela não tinha cabacito. Saimos do Mc e demos uma volta no bairro. Como já disse é um belo lugar, mas creio que pelo fato de ser uma quarta feira estava meio vazio.Na andança compramos charutos e no fim de tudo encontramos o Hard Rock Café. Resolvemos entrar, mas já estava fechando. Tiramos algumas fotos e pegamos um taxi para casa.

quarta-feira, 5 de março de 2008

El primero dia


Holla hermanitos

Arinelli vos falando e trazendo as primeiras impressões de nossa aventura.
Depois de muita correria na terça feira, nossa grande dona Cintia nos caroneou até o aeroporto de Bagulhos, onde após procedimentos surpreendentementes simples estavamos aptos a embarcar em nossa jornada. Compramos o Guia de Buenos Aires pela segunda vez porque o cabeça de coco que aqui vos escreve esqueceu o primeiro em casa. Depois batemos um rango no McDonalds e fomos para a zona de embarque.
O tal do FreeShop tem preços bem legais pra umas coisas e normal pra outras. Compramos uns chocolates muy buenos e fomos para o embarque. Pegamos um busão que nos leva até o avião. Eu gostaria de saber porque esses onibus tem o botão de solicitar parada igual aos onibus de rua, será que podemos escolher em qual avião queremos desembarcar ? HUahuah.
Rapaz, fazia alguns anos que nao andava de avião. Devo admitir que o cagaço bateu alto, principalmente na hora da decolagem, e durante o voo nos momentos em que o motorista, ops, piloto fanfarrão parava de acelerar e dava-nos a nitida impressão de que alguma merda muito feia ia acontecer. Obviamente falamos muita merda durante o voo, comemos uma janta até simpática (menos o Du, que pediu frango ao invés de massa e travou uma luta férrea para cortar sua sobrecoxa) e fizemos um acústico no melhor estilo Hermeto Paschoal, batucando com os utensilios da bóia.
Ver a cidade bem de cima nos dá a certeza da grandeza de São Paulo e do Brasil, é lindo demais.
Surpreendemente a viagem acabou rapidinho e logo já desembarcamos no aerporto internacional de Buenos Aires. A primeira medida do Du em terras estrangeiras foi...ir ao banheiro, huahua. Já começou dando mierda. Trocamos alguns reais por pesos e contratamos um serviço de taxi para nos levar ao hotel, o que saiu por 95 pesos argentinos.
Chegando no hotel, tensão. O recepcionista com cara de americano (russo para o Brécio) não encontrava nossa reserva. Tive que entrar na net para imprimir o tal do voucher do hotel. Predio antigo e estranho, elevador que só cabe 3 pessoas e com processo de fechamento de portas sanfonadas manual. Bem diferente daquilo que vimos no site. Nos causou certa revolta e incomodo no começo, mas, afinal, estávamos na Argentina.
Resolvemos descer para procurar algum lugar para comprar uma garrafa d´agua e alguns quitutes. Encontramos um bar aberto, e ja de cara experimentamos a famosa Quilmes, meio fraquinha pros padroes que estamos acostumados, mas uma boa cerveja. E vinha com alguns beliscos. Bom nao foi o preço, 14 pesos a garrafa de 650 ml. Descobrimos logo depois que isso foi um absurdo, pois ao andar um pouco mais encontramos uma vendinha aberta e compramos uma garrafa da mesma de 1 litro por 6 pesos. Compramos agua q Coca Cola e voltamos ao hotel, pregados.
Assim terminou o primeiro dia de nossa aventura.
Interessante citar como é facil se virar por aqui. Quando se pensa no exterior, ao menos pra mim, tinha a impressão de ser outro mundo. Mas muita coisa é incrivelmente igual. Buens Aires, ao menos a noite parece uma mistura de Sao Paulo e Nova Yorque (nunca estive la mas pelo que ja vi). É muito facil fazer-se entender e nao muito dificil entender o que os chicos dizem. Só quando falam muito rapidp é que complica um pouco. Mas o pessoal tem sido solícito e quando percebe que somos de fora falam de maneira inteligivel...
Amanha estamos de volta para contar sobre o segundo dia de estadia.

Stay heavy...
Buenas notches, muchachos..

Chegamos em Buenos Aires!!!!

Bem meus amigos, chegamos em nosso destino, Buenos Aires - Argentina.
Depois de muita aventura, desde Sampa até nosso hotel.

A historia completa de nossa trip, sera contada depois...
Estamos agora, aguardando o Vaz .
Ja retiramos os ingressos, e está tudo OK.!!!!

Até mais...
Ticos....

terça-feira, 4 de março de 2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

So it shall be written, so it shall be done

Rapaz...
Agora não tem volta. É amanhã!
Tenho que ser honesto em dizer que to meio apavorado, haha. Sair do país! Vamos experimentar a sensação de estar definitivamente fora de casa...

Strangers in a stranger land.

Podia tocar essa lá, no lugar da Moonchild, hahah.

Bão. Acho que escrevo ainda novamente.
E como disse no flog, tentarei manter um diario de viagem. Tudo bem q são só quatro dias, mas quero deixar tudo registrado.
Bjs e abraços a todos.

UP THE IRONS!!!